Não são apenas aquelas características comumente chamadas faltas ou defeitos (egoísmo, inveja, falsidade, desonestidades, etc.) que são um obstáculo para o ser humano e que, portanto, indiretamente fazem mal aos outros, mas também os próprios medos, que não são geralmente considerados defeitos.
Normalmente as pessoas não se dão conta que os medos causam um grande dano, não apenas à própria vida, mas também à vida dos outros.
Portanto o autoconhecimento não é apenas necessário para superar as fraquezas de caráter, mas também fundamental para a superação dos medos pois enquanto houver medo no coração, consequentemente se causará danos às outras pessoas.
Para iniciar o trabalho de autoconhecimento, o primeiro passo será pensar tão objetivamente quanto lhe for possível, acerca de si mesmo, sobre todas as suas qualidades e todos os seus defeitos.
Procure listá-los pois escrever ajuda a concentrar e condensar o que você descobriu até o momento.
O segundo passo consiste em pedir à outra pessoa, alguém que o conheça muito bem, para dizer-lhe honestamente o que pensa a seu respeito, listando aspectos positivos e negativos (isso exige um pouco de coragem mas em contra partida ajuda a superar um pouquinho o próprio orgulho).
Abrir o coração a outra pessoa traz ajuda espiritual, que não se pode receber estando só, além de movimentar a lei da fraternidade. Na tentativa de evoluir de forma isolada, essa lei é violada e dificulta a expansão e o desenvolvimento tanto intelectual quanto espiritual.
Não se isolar exige uma certa dose de humildade, que não se instala facilmente no princípio, mas que, após algum tempo, se torna uma segunda natureza que possibilitará falar abertamente sobre as próprias dificuldades, fraquezas e problemas, e de receber críticas, cuja aceitação é muito saudável para a própria alma.
Quando, a seu pedido, apontarem seus defeitos, pense neles com calma mesmo que, à primeira vista, possa parecer injusto e doloroso, pois pode conter neles um fundo de verdade que abrirá uma nova porta de compreensão que ainda não havia se tornada consciente e que muito contribuirá para o crescimento e desenvolvimento espiritual.
OS TRÊS PRINCIPAIS DEFEITOS
Os três defeitos fundamentais, dos quais derivam direta ou indiretamente todas as várias limitações individuais são: OBSTINAÇÃO, ORGULHO E MEDO.
Pode-se achar que o medo não seja um defeito, mas ele É.
Uma pessoa sem falhas não teria medo.
Dificilmente seria possível que se tenha um ou ou dois desses defeitos sem o terceiro. O que pode ser possível é que dos três, um ou dois sejam inconscientes enquanto o terceiro é fortemente aparente, até para si mesmo.
Ao se tentar formular concisamente suas reações internas desagradáveis, relativas a qualquer evento, normalmente se chegará à conclusão que na maior parte das vezes existe um elemento de medo envolvido nela.
Medo de que talvez as pessoas não façam o que você quer ou não reajam de acordo com o seu desejo.
Se não houvesse orgulho não haveria medo de que ele fosse ferido. Caso não houvesse uma vontade obstinada, não haveria medo de que ela não fosse satisfeita.
REVISÃO DIÁRIA
Essa prática consiste em rever o seu dia e pensar nos eventos ou situações que, de alguma forma, causaram desarmonia, e listá-los da seguinte forma:
Fato Sentimento Reação
Quando se tiver feito por algum tempo, um padrão evoluirá e se perceberá pelo menos uma repetição que aponta para o fato de que deve haver algo em si próprio que está causando a desarmonia.
Ao fazê-la regularmente, se conseguirá trazer o inconsciente à tona proporcionando a descoberta de tendências interiores desconhecidas.
É importante lembrar que a corrente de energia é uma só e que, portanto, as deficiências são distorções de qualidades assim como a obstinação é uma distorção da coragem; o orgulho da sabedoria e o medo do amor.
Na medida em que o medo é dissolvido, o amor é expandido.
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