Segundo o urbanista americano Michael Klare, autor do livro The Race for What’s Left
(A Corrida pelo que Sobrou), muitos conflitos pelo mundo vêm acontecendo pela falta de água – já se contam cerca de 2200 conflitos entre diplomáticos, econômicos ou militares – diz ele: “A água virou o novo petróleo, causa de batalhas ferrenhas. Guerras que aumentarão em número e dimensão, já que a demanda cresce, enquanto a oferta diminui”. Grave advertência.
No Brasil – país com rico parque hídrico – chega a ser incompreensível a atual situação de carência de água tratada. As mudanças climáticas já apontadas por cientistas, ecologistas e ambientalistas desde a década de 1980, aí estão – inegáveis. O crescimento populacional em parte explica a crise, aliado à morosidade nas ações preventivas de abastecimento por parte dos governos.
E, se a ONU prevê que até 2030, 47% da população global não terá acesso a água limpa, nós estamos em situação de admitir que nossos recursos hídricos são finitos. De imediato temos que aprender a consumir menos e diminuir desperdícios. Atitudes difíceis pois implicam em mudanças drásticas de costumes. Mas não há saída fácil nem milagrosa para isso.
Para controlar o gasto, todo cidadão precisa rever seus hábitos cotidianos pessoais.
Em paralelo a esse necessário esforço individual, devem acontecer as políticas públicas que vão desde a repreensão ao desperdício, até o recolhimento e tratamento da água usada para que seja reaproveitada em usos especiais. Alguém conhece projeto de algum governo para essa questão? Atenção nas próximas eleições!
Uma verdade é absolutamente incontestável: sistemas paliativos em nada ajudarão se o uso não for controlado e medidas de prevenção e preservação não forem tomadas com muita responsabilidade.
Para o Brasil, a recente crise da água serve como alerta. Se não cuidarmos dos nossos recursos – mesmo que os consideremos abundantes — desenharemos um futuro cada vez mais árido. E, enquanto isso, atônitos, continuamos a ver desmatamentos inaceitáveis.
O que fazer enquanto cidadãos conscientes?
Cuidar das árvores ao nosso alcance, saber o que é um jardim de chuva, manter o solo permeável, descartar corretamente nosso lixo, observar nosso consumo, reutilizar toda a água possível, captar água da chuva para regar plantas e lavar áreas externas, enfim descobrir o que mais podemos fazer e, com certeza, plantar cada vez mais árvores ao nosso redor.
Vamos lá? Encontre a iniciativa de plantio mais próxima de você e mãos à obra!
Bom futuro!
Em destque: HReis“Aguas profundas” Técnica mista sobre tela (2019)
Muito bom o artigo sobre a água. … aliás todos são ótimos!
Parabéns. …
Adorei todos os artigos.São ótimos
Parabéns