A também colunista do Jornal d’aqui e minha amiga querida Jany Vargas está na Índia. Tem feito relatos muito apurados e com o jeito tão Jany de escrever sobre sua jornada!
No entanto, o que a tem entristecido muito são os assédios a que ela e a filha vêm sofrendo, e os demais assédios dos quais ficam sabendo ao longo da viagem.
Vou torcer muito para que suas experiências sejam, em breve, compartilhadas com seus leitores.
Por ora, vou adiantar o que eu disse a ela diante das situações revoltantes e constrangedoras que ela e a filha vêm passando. Jany, nunca fiquem sozinhas! Jany, lembra das palavras do Drummond: Vamos de mãos dadas.
Por isto, imaginei a hashtag #vamosdemaosdadas.
Porque acredito que um jeito é a gente se unir, e sair sempre sempre de mãos dadas.
E, enquanto isto, #vamosdemaosdadas lutar pela conscientização, pela educação, fazendo orações, vibrações e meditações para que os seres humanos sejam respeitados; para que o não seja ouvido e atendido, para que não sejamos violentadas ou violentados, para que as crianças e jovens sejam poupados das crueldades a que vêm sendo submetidas.
Sim, leitoras e leitores, #vamosdemãosdadas. Há muito o que fazer, há muito o que superar, há muito pelo que lutar. E a vida presente é um presente, não é mesmo, Drummond?
Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente
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